Este 15 de octubre se cumplen -exactamente- 40 años de la inolvidable hazaña de Joao Carlos de Oliveira, el atleta brasileño que batió el récord mundial del salto triple al ganar la prueba con 17.89 metros durante los Juegos Panamericanos de México
Con ese motivo la CBAT ha realizado una nota especial de homenaje, que transcribimos a continuación.
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João Carlos de Oliveira, paulista de Pindamonhangaba, ganhou o apelido de João do Pulo, em virtudes de suas façanhas no Atletismo.
Ele precisou de apenas 10 temporadas de carreira para garantir o seu lugar na história do esporte. Um fato mais do que especial produzido pelo talento e dedicação do atleta comemora 40 a nesta quinta-feira (dia 15): o recorde mundial do salto triplo.
O jovem atleta (21) entrou no Estádio Olímpico Universitário na Cidade do México para disputar a sétima edição dos Jogos Pan-Americanos, em 1975.
Em sua segunda tentativa saltou 17,89 m, marca espetacular, nada menos do que 45 centímetros melhor que o recorde mundial anterior, do legendário soviético da Geórgia, Viktor Saneyev.
Dois dias antes, ela já havia vencido o salto em distância, com 8,16 m, também medalha de ouro. Assim, o PAN de 1975 ganhou um rico personagem.
João assumiu a linhagem de campeões como Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico, e de Nélson Prudêncio, dono de outras façanhas e do engrandecimento do triplo nacional.
As conquistas e o recorde mundial transformaram João Carlos em celebridade. Foi recebido no Brasil como herói. Desfilou em carro do Corpo de Bombeiros e virou o João do Pulo, quando era cabo do Exército Brasileiro.
Nos Jogos Olímpicos de Montreal , em 1976, entrou no estádio mais do que reverenciado pelo público e pelos adversários. Ganhou bronze no triplo e foi o quarto no salto em distância.
No PAN de San Juan (Porto Rico), em 1979, conquistou os bicampeonatos, com 17,27 m no triplo, e 8,18 m no salto em distância. Nesta prova, derrotou o norte-americano Carl Lewis, então uma jovem promessa, depois eleito o “Atleta do Século 20” pela IAAF.
Para a Olimpíada de Moscou, no ano seguinte, João Carlos preparou-se como nunca. Na capital soviética, ele voltaria a ganhar bronze com um salto de 17,22 m. Mas sempre teve a certeza de que a arbitragem anulara injustamente um salto em que teria ultrapassado 18 metros.
O saltador ainda foi tricampeão do triplo na Copa Mundo: em Dusseldorf 1977, Montreal 1979 e Roma 1981. Seu recorde mundial caiu apenas em junho de 1985, quando o norte-americano Willie Banks saltou 17,97 m em Indianápolis. O atual recorde mundial pertence ao britânico Jonathan Edwards, que saltou 18,29 m em Gotemburgo, em 1995.
Os 17,89 m de João Carlos, porém, vigoraram por mais de três décadas como recorde sul-americano: a marca continental caiu apenas em 20 de maio de 2007, em Belém, quando outro brasileiro, Jadel Gregório, saltou 17,90 m no GP Brasil Caixa. Outro legítimo representante da especialidade, Jadel ganhou prata no Mundial de Osaka, em 2007, no Japão.
João Carlos foi obrigado a encerrar a carreira perto do Natal de 1981, mais exatamente no dia 22 de dezembro, quando retornava de uma festa de formatura em Campinas pela Rodovia Anhanguera. Seu carro foi atingido por outro veículo que estava na contramão.
Ele teve a perna direita esmagada no acidente. A recuperação foi lenta, mas não evitou a amputação, em 09 de setembro de 1982. João contava apenas 28 a e, certamente, teria muitas conquistas pela frente.
Os desafios fora do esporte continuaram. João formou-se em educação física, elegeu-se deputado estadual em 1986 e foi reeleito em 1990.
Em 1999, sofreu uma infecção pulmonar. No Hospital da Beneficência Portuguesa constatou-se uma hepatite C, que evoluiu para um quadro de cirrose.
A agonia durou um mês e em 29 de maio João Carlos de Oliveira morreu, um dia depois de completar 45 anos.
-ADN de Atletas-